O tema liderança sempre provocou debates quase que intermináveis nas universidades, empresas e organizações em geral, além da infindável publicação de livros e artigos no Brasil e no mundo. Mas a sensação que tenho é que hoje existe uma lacuna de liderança nas instituições em geral. Para onde foram os líderes? Não tenho a resposta exata para esta pergunta, mas quero compartilhar o conceito e os benefícios da liderança inclusiva, que é uma nova maneira de liderar que enxerga além das competências tradicionais e que consegue despertar nas pessoas o entendimento de que elas são tratadas de maneira justa, que suas singularidades são bem-vindas e que suas vozes são levadas em consideração na tomada de decisões. Segundo a Deloitte, são seis as características que distinguem a liderança inclusiva:
- Comprometimento, porque os objetivos de diversidade e inclusão se alinham com seus valores pessoais;
- Coragem para desafiar o status quo e humildade para reconhecer seus pontos fortes e fraquezas;
- Conhecimento de seus vieses inconscientes;
- Curiosidade, mente aberta e tolerância à ambiguidade;
- Inteligência cultural para aceitar diferentes perspectivas e experiências de vida e
- Colaboração para capacitar indivíduos, bem como criar e aproveitar o pensamento diverso.
Ter um ambiente inclusivo é responsabilidade principal, sem dúvida, da pessoa que está sentada na cadeira de CEO. Mas é fundamental preparar todas as demais pessoas que exercem ou exercerão liderança, para que essas façam uma transformação pessoal profunda e verdadeira de comportamento. Os benefícios serão vistos, principalmente, no bem-estar, pois as pessoas contribuirão para o atingimento do propósito organizacional porque ele se confunde com o propósito de suas vidas.